ou melhor, ídola, porque de masculino ela não tem nada, é perfeita demais pra isso.
daí ela falou um monte. que inclusive a gente parece que ofende as pessoas quando faz texto grande. e eu fiquei cá comigo: é mesmo.
consegui um autógrafo, um sorriso, e um aperto de mãos. sem falar nas fotos, que já estão no Instagram.
perdi a hora e quase viro asfalto na Washington Soares. um senhorzinho, sem dentes e sem pretensões, me falou que meu ônibus não passava mais "a essa hora".
um casal, simpático e cansado, me abençoou e me deixou com deus quando eu fui a única pessoa a ficar na parada. "a gente vai chegar só pra dormir, acordar de novo e voltar pro trabalho. mas o próximo ônibus é o teu, fé!", disseram correndo pro António Bezerra-papicu.
quis chorar, mas minhas lágrimas não se mostram tão rápido. me desesperei pros amigos no WhatsApp e depois percebi: pede logo um uber e guarda esse celular.
foi o que eu fiz. ele chegou em 3 minutos e deu um boa noite brasiliense, me contou que prefere Fortaleza à cidade planejada e que tá querendo formar uma família, mas a namorada tava com raiva.
dei graças a Deus por estar ouvindo os sonhos de um migrante, ao invés de os gritos da minha mãe pelo celular (que ainda não tinha tocado).
cheguei e tô fazendo miojo. e esse texto. porque a Eliane Brum disse que escrever não tinha que ser muito, nem pouco, tinha que ser o possível.
e olha que ela nem respondeu à minha pergunta, mesmo lida pelo mediador.
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