segunda-feira, 1 de junho de 2015

De porta aberta

Ah, coração teimoso
Que insiste em se dar bem
Onde outrora se dera outrem
Ai, coração que persiste
Em sair do casulo
Tão ingênuo mas tão maduro
Ah, coração que morre
Lentamente só de pensar
Em só, pra sempre ficar
Ai, coração que gosta
De se pintar, de se expor
De se mostrar de toda cor
Argh! Coração que não tem asas
Que já sentiu o bem que faz um ninho
Uma vez deu uma de passarinho
Ai, coração doído
Não quer saber de ser, de estar
Mas da próxima vez que vai amar
Ah, coração que vale nada
Mas que se valesse menos
Tinha de amores uma estrada

Ambiguidade sentimental que é culpa da vontade de se aventurar mais uma vez.