quinta-feira, 15 de junho de 2017

dizem os astros

do jeito que criança corre do "babau", a gente, enquanto adulto, tem uma ruma de medo. acho que um dos mais característicos é o do desconhecido.

de vez em quando a gente resiste a alguma coisa nova, mas ao mesmo tempo temos pavor da ignorância e de não saber do que todo mundo ao redor tá falando.

foi mais ou menos por esse ultimo que eu comecei a pesquisar sobre astrologia, há uns, sei lá, 3 anos. descobri tanto sobre mim, que passei a acreditar piamente e não entender quem não gostava.

até então só sabia mesmo do sol, que estava aos 27° de câncer quando eu cheguei no mundo. o decanato é o 3° e quem me conhece sabe (e sofre). sou conservador, na maioria do tempo (isso não tem a ver com política pelo amor de deus), além de rancoroso, chato, manipulador, caseiro, emocional de mais, o caralho a quatro.

ao ir sabendo mais, cheguei à tal ascendência em escorpião, que me faz causar reações muito fortes nas pessoas. normalmente elas se sentem intimidadas com a minha presença e isso justifica eu ser amado por uns e odiado por outros. aqui, o lado ruim tá voltado pra possessividade, ressentimento e ciúme (mais uma vez, quem convive comigo sente na pele).

mas nem tudo que eu ia vendo sobre mim era pessimismo, né? a lua em touro me mostrou o quão posso ser confiável, carinhoso, fixo (dessas coisas que parece que, hoje em dia, a gente esqueceu o valor que tem).

tenho ainda mercúrio em câncer (de novo), marte em virgem, júpiter em sagitário, saturno em peixes, meio do céu em leão e vênus em câncer (DE NOVO!). aliás, esse último é o mais curioso e do qual eu queria falar mesmo.

é curioso, mas acreditar muito numa coisa não pode fazer a gente excluir outras; se voltar muito pra um aspecto da vida, não pode ofuscar outros. e entrar de vez na astrologia, por vezes, nos faz deixar pra lá nossas vivências, as coisas pelas quais passamos, de maneira fácil ou não.

pois sim, já chorei muito nessa vida. já quis muito quem não devia, quem não podia, quem não (reciprocamente) queria. e isso não me machucou como ralar o joelho na areia, não sarou com uns dias nem com merthiolate. e mesmo quando sarava, quando eu superava, mesmo assim algumas vezes se repetia, porque eu manifestava um padrão de gente trouxa, de gente besta mesmo, que fazia de tudo pra ficar por baixo (inconscientemente, é claro).

quando eu quebrei esse padrão, quando eu escolhi sair dele, nunca mais fui vítima, nunca mais permiti que ninguém fizesse meus sentimentos de peteca.

é aqui que a vênus em câncer entra, é aqui que eu queria chegar, mas escrever é tão difícil... enfim, eu não sou assim, pegajoso, apegado, bobo, piega, daqueles que cansam. eu perdi isso, no meio desses tropeços do amor, e eu não sei se vou recuperar, um dia. se sim, talvez com muito trabalho e segurança. aproveito até pra dizer aos crushs: acordem, que eu num fico muito tempo adulando não, viu?

e, olha, não vai ser qualquer um que vai aguentar. mas é como eu vivo dizendo, a gente, que é sensível demais, tem que se sentir especial e muito. a gente rompe com essa besteira de fingir que não se importa. tendo o cuidado de não exagerar, que quando a gente desiste, já era...

por isso, por esse rompimento e cuidado, parece que há sempre uma luta dentro de mim, algo me lembrando de quem eu sou e me ajudando a ir, a voltar. inclusive percebo agora o quanto me abri nesse texto, o que nem importa muito visto que pouquíssimas pessoas vão chegar nessa altura. eu não ligo, porque quando eu escrevo eu me sinto melhor, eu tiro um peso imenso das mãos, eu me lavo.

tenho medo de me mostrar não, e olha que era só pra lembrar a vocês de que verdade absoluta tem, mas tá faltando. acreditem nas coisas, mas sejam um pouquim céticos, tá bem?

e a gente continua, porque quando se trata de autoconhecimento a gente não para, a gente odeia portos, a gente odeia ancorar.

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