sábado, 16 de novembro de 2013

Sobre (meus) sonhos...

"(...) pois o mundo foi esvaziado de sonho para que os homens coubessem nele."(DONATO, Mário). Em que mundo estou vivendo? No real ou no abstrato? E como saberei? Por que é tão difícil saber? E por que faço tantas perguntas? Porque não sei as respostas. Porque admiro quem se conhece, quem sabe de si. Quem fala com veemente certeza de seus sonhos, de seu mundo. Sonhar não é pecado. Morrer por eles – ou com eles - também não. A verdade é que meus sonhos não me sustentam. E nunca sustentaram ninguém. Mas continuo, ando sobre eles e resido sob eles. Eles me fazem. Meus sonhos são minha voz. Meu olfato. Minha visão. Meus ouvidos. Meu tato. Eu não os traio e não abro mão deles. Só quero uma coisa: morrer sem eles. Morrer crente de que conquistei tudo o que quis, de que alcancei minhas aspirações, de que voei sobre meus desejos. É possível parar de querer mais? Alguém me diga que sim!

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